
O militante Rafael Massanga Savimbi, filho do histórico fundador da UNITA, Jonas Savimbi, anunciou oficialmente a sua pré-candidatura à presidência do partido. O anúncio foi feito através de um vídeo publicado no Facebook, onde o aspirante reafirma o compromisso com os ideais do seu pai e propõe uma nova era de unidade e renovação dentro da organização política.
Durante o discurso, Massanga afirmou estar a responder “ao chamado da História”, prometendo conciliar o legado dos antepassados com as aspirações das novas gerações. O pré-candidato defendeu que a UNITA deve reforçar a sua coesão interna e recuperar a identidade ideológica que marcou os seus primórdios.
“A minha decisão resulta de um imperativo moral e histórico. Nasci e cresci no seio de um ideal de liberdade, e acredito que o nosso partido deve manter viva essa chama”, declarou.
Contexto do congresso e calendário eleitoral
O anúncio surge num momento em que o partido se prepara para o XIV Congresso Extraordinário, agendado para os dias 28 a 30 de novembro, em Luanda. O processo de recepção de candidaturas decorre até 26 de outubro, seguido de um mês de campanha interna, de 27 de outubro a 26 de novembro.
Até agora, Rafael Massanga é o primeiro militante a anunciar publicamente a intenção de concorrer à presidência. O atual líder, Adalberto Costa Júnior, ainda não confirmou oficialmente a sua recandidatura, embora existam fortes expectativas nesse sentido.
Entretanto, um grupo identificado como “Movimento de Resgate” defende o regresso de Isaías Samakuva à liderança, considerando que o veterano dirigente representa a estabilidade e os valores fundacionais da UNITA.
Desafios e simbolismo da candidatura
A candidatura de Massanga Savimbi carrega um forte simbolismo histórico, evocando o nome e o legado do seu pai, figura central na luta política angolana. No entanto, o jovem pré-candidato enfrenta desafios internos significativos, entre eles o cumprimento rigoroso dos critérios estatutários e a necessidade de conquistar espaço num partido com lideranças consolidadas.
A disputa promete marcar um momento decisivo na história contemporânea da UNITA, que se encontra em processo de reflexão sobre o seu papel político à beira dos 50 anos da independência nacional.
Redação: Angola Breaking News
Com informações de RTP e Angola24Horas
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