
Um texto escrito por Manuel da Rocha, militante de base do MPLA, também conhecido por Kanga Massa e Ti Fodjodjo, viralizou nas redes sociais ao trazer críticas diretas à actual estratégia política do partido e ao apelo para que o Presidente da República seja “ajudado e não bajulado”.
No seu posicionamento, Manuel da Rocha considera que os comícios políticos não trazem resultados práticos diante das actuais dificuldades que a população enfrenta. Para sustentar a sua tese, ele recorda os números das eleições gerais de 2022 em Luanda, onde a UNITA obteve 62,25% dos votos contra 33,62% do MPLA, praticamente o dobro da votação.
“Caríssimos camaradas, não esqueçamos que de lá para cá as coisas só pioraram, por isso a probabilidade do nosso partido ter um resultado pior ainda é notória”, escreveu o militante.
Ele ainda sublinha que, apesar da repartição de militantes com a criação da nova província de Icolo e Bengo, a actual configuração geográfica de Luanda continua a representar um grande desafio eleitoral para o MPLA.
Soluções apontadas pelo militante
Na sua análise, Manuel da Rocha afirma que a vitória do MPLA não depende de comícios, mas sim da resolução de problemas concretos que afectam a vida dos cidadãos, como:
- Água potável
- Energia eléctrica
- Saneamento básico
- Hospitais equipados e medicamentos
- Escolas com melhores condições, incluindo carteiras
Para ele, a aposta em resolver estas questões práticas teria um impacto muito maior na aproximação com o eleitorado do que os tradicionais actos de massas.
Mensagem final
Encerrando a sua mensagem, o militante deixa um apelo:
“O Presidente precisa ser AJUDADO e não BAJULADO. Nga zuela ba.”
A publicação gerou amplo debate online, com muitos internautas a concordarem que as reclamações sociais estão a sobrepor-se às promessas políticas.
Na verdade, o necessário é o combate à pobreza que foi terminado. Direccionar os comicios para conversas edificantes e respeitosas, para explicar como mudar de modo voluntário para zonas menos povoadas e viver melhor. 😁👌