
A UNITA reúne este sábado, 24 de maio, em Luanda, o seu Comité Permanente para discutir decisões cruciais que marcarão os próximos passos do partido. Em destaque na agenda está a preparação do XIV Congresso Ordinário, agendado para este ano, e o impacto político da saída inesperada do PRA-JA Servir Angola da coligação Frente Patriótica Unida (FPU).
A retirada do partido liderado por Abel Chivukuvuku da FPU, com a intenção de concorrer de forma independente às eleições gerais de 2027, surge como um desafio estratégico para a UNITA, que agora se vê na necessidade de repensar a unidade da oposição.
Durante a reunião, os membros do Comité irão também aprovar medidas organizativas para o congresso, como a fixação do número de delegados e a criação de condições logísticas para o evento.
Além disso, a direção da UNITA fará uma avaliação profunda do estado atual do país. Em encontros anteriores, o partido já havia expressado preocupação com a crescente deterioração das condições políticas, sociais e económicas, criticando o Governo por não dialogar com os parceiros sociais, desrespeitar liberdades fundamentais e manipular instituições públicas para fins políticos.
Analistas apontam que, diante deste novo cenário, as atenções dos militantes estarão voltadas para a forma como o partido de Adalberto Costa Júnior irá responder ao reposicionamento do PRA-JA. A principal incógnita é como a UNITA vai lidar com o risco de divisão do eleitorado da oposição, o que poderia favorecer a manutenção do MPLA no poder.
A reunião deste sábado poderá ser decisiva para definir se a UNITA conseguirá transformar este momento de tensão numa oportunidade de fortalecimento político e coesão interna.
Fonte: NJ