
O Serviço de Investigação Criminal (SIC) veio a público, nesta segunda-feira, 6 de Outubro, negar qualquer ligação institucional com o cidadão que recentemente concedeu uma entrevista à plataforma digital Rádio Ouvinte, na qual afirmou ser colaborador do órgão e fez revelações consideradas “bombásticas” sobre alegadas irregularidades internas.
Num comunicado emitido pelo Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior, o SIC afirma de forma categórica que “não tem qualquer vínculo com o cidadão entrevistado pela plataforma Rádio Ouvinte”, classificando as declarações veiculadas como “graves e levianas acusações contra responsáveis do SIC, com o objectivo claro e inequívoco de condicionar a estratégia em curso de pureza interna que levou até ao momento à demissão de mais de 68 efectivos por má conduta”.
O comunicado reforça ainda o apelo do órgão às plataformas digitais e meios de comunicação social “para que se abstenham de veicular informações não confirmadas”, sublinhando a importância da verificação dos factos antes da sua divulgação pública.
Reacções e Contradições
Apesar do desmentido oficial, a posição do SIC tem gerado debate e questionamentos nas redes sociais. Diversos utilizadores, entre eles figuras ligadas ao sector da comunicação, contestam o teor do comunicado e apontam possíveis inconsistências.
Um dos comentários mais partilhados dirige-se directamente ao director do SIC, Manuel Halawa, com críticas à resposta institucional:
“Senhor Director Manuel Halawa, não basta fazer comunicados bonitos e ameaçar a mídia digital. Entenda o alcance e a dinâmica da mídia digital. Foste contactado e não conseguiste justificar nada à Rádio Ouvinte. É preciso ter um pouco de vergonha na cara.”
As críticas giram em torno de uma questão central: como justificar que um cidadão não pertencente à corporação tenha vivido por seis meses dentro das instalações do SIC, com acesso a recursos internos, uso de uniforme e até “porta de arma”?
O que se sabe até agora
A Rádio Ouvinte mantém a sua versão, afirmando que o entrevistado teria, de facto, prestado serviços internos e convivido com efectivos do SIC, embora sem vínculo formal. Nenhuma prova documental foi ainda apresentada por nenhuma das partes.
Fontes contactadas por Angola Breaking News indicam que a suposta “purificação interna” referida no comunicado do SIC tem resultado em múltiplas exonerações e processos disciplinares, mas a extensão e transparência do processo continuam por esclarecer.
Enquanto isso, cresce a pressão pública para que o Ministério do Interior abra uma investigação independente ao caso, de forma a apurar se houve falhas de segurança institucional ou eventual encobrimento de práticas irregulares dentro do órgão.
A polémica permanece aberta e o caso promete ganhar novos desdobramentos nos próximos dias, à medida que mais informações e testemunhos forem surgindo.
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Redacção Angola Breaking News
Com a colaboração da Redacção Central
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