
O cenário político angolano volta a aquecer com declarações contundentes do General Samuel Chiwale, histórico cofundador da UNITA, que rotulou Abel Chivukuvuku de “traidor” após o anúncio da saída do PRA-JA Servir Angola da Frente Patriótica Unida (FPU). A crítica foi feita no último sábado, 24 de maio, durante uma reunião da Comissão Política da UNITA, onde Chiwale reforçou que a desconfiança em relação a Chivukuvuku vem desde os tempos de Jonas Savimbi.
A decisão do PRA-JA de abandonar a coligação opositora e seguir caminho próprio rumo às eleições de 2027 foi considerada “prejudicial” à união das forças opositoras. Em resposta, Abel Chivukuvuku defendeu a medida como estratégica e reiterou os desafios enfrentados pelo seu projeto político, sobretudo os entraves à legalização do seu partido por parte do Tribunal Constitucional.
Este episódio levanta sérias interrogações sobre a coesão da oposição em Angola e lança novas dúvidas sobre o futuro da colaboração entre os partidos que buscam alternativas ao poder vigente do MPLA.