
O jornalista Carlos Alberto observou recentemente que Isaac dos Anjos, atual ministro da Agricultura e Florestas, tem revelado uma postura crítica à governação apenas em fases finais de mandatos presidenciais.
Segundo a análise, a mesma atitude já havia sido notada em 2016 e 2017, quando o governante exercia funções de governador da província de Benguela e, no final do mandato do então Presidente José Eduardo dos Santos, levantou críticas públicas à condução do país.
Agora, no final do ciclo de João Lourenço, Isaac dos Anjos volta a expressar descontentamento, questionando a forma como é compreendido dentro do Executivo. Apesar disso, nunca apresentou demissão, optando por permanecer em funções até ao fim dos mandatos.
Para Carlos Alberto, esta forma de atuação levanta dúvidas sobre a coerência da postura política do ministro. “Ele prefere o silêncio durante quase todo o percurso e só se manifesta quando percebe que o mandato está a chegar ao fim”, destacou o jornalista.
A análise abre espaço para reflexão sobre os reais impactos da permanência de governantes que, embora críticos em determinados momentos, continuam a integrar e a beneficiar do próprio sistema que contestam.