
O site oficial da Assembleia Nacional de Angola foi alvo de um ataque informático protagonizado pelo grupo CyberTeam, um coletivo de hackers que se apresenta como o “Exército Cibernético da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)”. A invasão foi tornada pública nesta segunda-feira, 5 de maio, após os cibercriminosos deixarem uma mensagem na secção de notícias do portal institucional.
De acordo com a publicação do grupo, a ação teve como único objetivo a “diversão” e surge dias após uma invasão semelhante aos sistemas da Assembleia Nacional de Cabo Verde, ocorrida a 1 de maio. Os hackers afirmam já ter comprometido várias instituições governamentais angolanas, incluindo os ministérios das Finanças e do Interior, o Instituto Nacional de Estatística, o INFOSI e o Instituto de Telecomunicações.
A repetição e facilidade com que os sistemas foram violados levantam sérias preocupações sobre a vulnerabilidade das infraestruturas digitais do Estado angolano. Especialistas em cibersegurança alertam que, sem investimentos urgentes e estruturais, Angola poderá tornar-se alvo frequente de grupos que operam tanto por diversão quanto por interesses políticos, económicos ou ideológicos.
Este episódio evidencia a necessidade de uma estratégia nacional de cibersegurança, com políticas públicas eficazes, capacitação técnica e maior vigilância tecnológica. Em tempos de transformação digital, proteger os sistemas do Estado é garantir a estabilidade institucional e a soberania nacional.