
Vaticano — O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, participou hoje de uma audiência concedida pelo Papa Leão XIV, durante o 16.º Encontro Anual da Rede Internacional de Legisladores Católicos, realizado no Vaticano. No encontro, o Santo Padre destacou que “a lei deve sempre servir a dignidade humana”, incentivando os legisladores e líderes presentes a colocarem a consciência acima do poder. O Papa apelou ainda à construção de uma “política da esperança”, que priorize a justiça, a ética e os valores humanos universais.
Para Angola, segundo Costa Júnior, as palavras do Papa dizem respeito a um momento de reflexão profunda. O líder da UNITA afirmou que num país marcado por décadas de luta, reconstrução e desafios socioeconómicos, torna-se urgente adotar uma política orientada pelo respeito aos direitos humanos, pela transparência e pela inclusão. “Uma Angola em que todos possam participar da vida pública com dignidade exige que as instituições respondam com integridade”, disse ele à margem da audiência.
A participação de Costa Júnior na Rede Internacional de Legisladores Católicos sublinha ainda um componente simbólico: a intersecção entre fé, ética e responsabilidade pública. Ele mereceu atenção dentro do Vaticano por representar a oposição num sistema político em transição — e por levar essa voz para um fórum internacional onde a lei, o poder e a moralidade se encontram. Para os analistas angolanos, tal presença reforça a imagem de Costa Júnior como uma figura de destaque no cenário político nacional, e abre novas oportunidades de diálogo entre Angola e instituições de influência global.
Além do encontro, o líder angolano teve a oportunidade de visitar a Basílica de São Pedro e assistir a parte de uma audiência geral com fiéis, o que lhe permitiu entrar em contacto direto com diplomatas do Vaticano e parlamentares internacionais. Fontes do seu gabinete indicaram que foram trocadas ideias sobre cooperação em temas como educação, justiça social e governança democrática — áreas fundamentais para o futuro da Angola pós-conflito.
Do ponto de vista doméstico, esta visita suscita até que ponto as promessas de ética e justiça poderão traduzir-se em práticas concretas. Em particular, perguntas são colocadas sobre como será reforçado o papel das instituições de fiscalização, como o Ministério Público e a Assembleia Nacional, e como o setor privado poderá se engajar mais efetivamente em iniciativas de desenvolvimento sustentável. Costa Júnior reforçou o seu compromisso: “Não basta prometer — é preciso agir, reformar, incluir”.
Com esta audiência, o presidente da UNITA envia ainda um sinal claro aos jovens angolanos e às comunidades tradicionalmente excluídas: que a política pode ser agente de mudança, quando guiada por valores e respeito à pessoa humana. À medida que Angola avança para os próximos ciclos eleitorais, encontros como este no Vaticano poderão ganhar significado adicional — não apenas como protocolo, mas como parte integrante de uma estratégia mais ampla de renovação política e moral no país.
Redação: Angola Breaking News
