
A Revista Zimbo trouxe recentemente à tona declarações do analista Lindo Tito a respeito do processo de construção da refinaria de Cabinda, destacando possíveis inconsistências na forma como a participação acionista foi estabelecida.
Segundo o comentário, a Sonangol teria investido cerca de 500 milhões de dólares para a viabilização do projeto, enquanto a Gemcorp recorreu a financiamentos bancários. Apesar disso, os dados apontam para uma composição societária onde a Gemcorp detém 90% da refinaria, ficando a Sonangol com apenas 10% de participação.
A situação gera dúvidas sobre a lógica desse arranjo, uma vez que, de acordo com a análise, não estaria claro como a Gemcorp conseguiu alcançar tal predominância acionista sem demonstrar, previamente, capacidade financeira robusta para suportar a maior parte do empreendimento.
Especialistas defendem que a transparência em projetos estratégicos, como o da refinaria de Cabinda, é fundamental para que a sociedade compreenda os termos dos investimentos e a forma como os recursos públicos e privados são aplicados.
O caso abre espaço para debates sobre governança, parcerias internacionais e gestão de ativos estratégicos em Angola, pontos que permanecem no centro da atenção pública.